Saturday, February 03, 2018

VASCO SILVA E BRACARA AUGUSTA



Tudo começou por uma experiência, onde havia necessidade de lhe incutirmos a expressão imaginativa da emoção, aquela que Collingwood, sem dissimulações, ao falar de arte, afirmaria de forma bem específica – “não uma irrupção ou manifestação involuntária da emoção, nem um despertar deliberado da emoção, mas antes a clarificação de um sentimento inicialmente vago que através da sua expressão se torna claro.” Da experiência, emocionalmente marcada pelas deambulações na infância (com apenas quatro translações), acompanhando-nos por montes e encruzilhadas pedregosas do chão e paredes do nosso Alto Minho, vibrando com os negativos e as revelações dos nossos inocentes e/ou modestos “objectivo-disparos”, cresceu como observador desfrutando apropriadamente da sua experiência táctil, sensivelmente directa, ganhando consciência do processo de criação artística, isolando a natureza dessa emoção particular para a pessoa que dela tem experiência e que a expressa: “Uma pessoa que expressa algo ganha assim consciência do que está a expressar, e permite aos outros ganharem consciência da emoção que há em si e neles.” (Collingwood)
Hoje, o nosso filho Vasco da Cunha e Silva, deambula, vive e gravita por terras bracarenses, permitindo-se à conjugação artística entre a natureza e a humanidade. Para ele essa complementaridade é a única forma de clarificar e individualizar as suas próprias emoções. Quanto a nós, sentimo-nos extremamente orgulhosos. NOBLESSE OBLIGE!  

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